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Carbono na agricultura: produtividade e meio ambiente

Agricultura brasileira se destaca como modelo de sustentabilidade

Antes mesmo da preocupação mundial com as emissões de carbono provenientes da agricultura, os produtores brasileiros já tinham conhecimento da sua importância e souberam aliar a eficiência produtiva à ambiental. Dessa forma, tornaram-se modelos de sustentabilidade para o mundo com a agricultura de baixo carbono.

O que é o carbono?

O carbono está presente no nosso dia a dia, em todos os momentos. Trata-se do elemento comum em tudo o que conhecemos, sendo um dos poucos elementos que, praticamente, conecta tudo o que existe na Terra.


O carbono está presente em diversos itens, como na cadeira, na mesa, no livro, no combustível, na roupa, no automóvel, no pneu. Trata-se de um dos principais elementos da vida. Está presente no seu corpo e é o elemento fundamental para fotossíntese das plantas. Na casca das árvores, nas folhas da soja, na raiz do milho, nas frutas, no pólen das flores, todos incorporam carbono. No entanto, este carbono também está relacionado com alguns problemas ambientais, entre eles, as mudanças climáticas.


Mudanças climáticas naturais ocorreram ao longo da história humana. Nas últimas décadas, foi identificado um aumento elevado nas temperaturas. Alguns estudos apontaram a causa como sendo o aumento dos gases de efeito estufa (GEE), entre eles, o do dióxido de carbono (CO2) – tão importante para o início do processo da fotossíntese.


Diante disso, os agricultores passaram a ter um papel importante para mitigar este problema. O serviço de mitigação das mudanças climáticas realizado pelos agricultores merece reconhecimento.


Os agricultores são responsáveis pela produção de alimentos e agentes ativos no cuidado do meio ambiente e a agricultura de baixo carbono, adotada por eles, tem promovido aumentos da produtividade e do sequestro de carbono nos solos brasileiros.  

O que é agricultura de baixo carbono?


O objetivo da agricultura de baixo carbono é simples: remover o excesso de carbono da atmosfera e armazená-lo no solo. Aliado a isso, possibilita o melhor crescimento e o desenvolvimento de plantas, benefícios estes atrelados a sustentabilidade.


A agricultura de baixo carbono envolve a implementação de práticas agrícolas, a fim de aumentar a remoção de CO2 da atmosfera, convertendo em carbono no material vegetal e na matéria orgânica do solo.


O aumento do sequestro de carbono ocorre quando as práticas agrícolas conservacionistas são adotadas, como:


• Sistema Plantio direto;
• Perturbação mínima do solo;
• Rotação e sucessão de culturas;
• Sistemas integrados;
• Culturas de coberturas;
• Fixação biológica do nitrogênio.

Diversas destas práticas agrícolas já são adotadas pelos agricultores brasileiros, reduzindo, em grande medida, o revolvimento do solo. Isso possibilitou o aumento do sequestro de carbono.


A perda de carbono do solo deve-se, principalmente, a mudança no manejo do próprio solo, que pode aumentar ou diminuir a quantidade de CO2. Assim, a agricultura de baixo carbono pode ser considerada bem-sucedida quando a quantidade de carbono sequestrada pelo solo é superior a quantidade emitida.



(Imagem: adaptada de LaborGene)


Adotar as inovações e melhores práticas na agricultura são soluções naturais para as mudanças climáticas. A “saúde do solo” não beneficia apenas a produtividade agrícola, mas também tem papel fundamental no sequestro de carbono, tornando-se um ativo valioso para toda a sociedade.

Benefícios adicionais da agricultura de carbono


Além de compensar as emissões, as práticas agrícolas relacionadas a agricultura de baixo carbono têm benefícios adicionais. É possível restaurar solos degradados, melhorar a produção agrícola, reduzir a poluição, minimizar a erosão e o escoamento de nutrientes, purificar as águas superficiais e subterrâneas, aumentar a atividade microbiana e a biodiversidade do solo.


É importante reconhecer o valor desses outros benefícios, para que não passem despercebidos na implementação de ações focadas no sequestro de carbono do solo. Os benefícios adicionais significam que mais alimentos podem ser produzidos ao se preservar a “saúde do solo” e, em consequência, sequestrar o carbono atmosférico.

O agricultor brasileiro como exemplo de eficiência ambiental e produtiva


Aqui, cabe ressaltar a frase do pesquisador da Embrapa Evaristo de Miranda, que representa o importante papel do agricultor brasileiro: “Não há nenhuma categoria profissional que preserve mais o meio ambiente que o agricultor brasileiro”.


O nosso país tropical conquistou a posição de potência agrícola mundial e as inovações tecnológicas e o manejo eficiente dos agricultores transformaram solos pobres em solos férteis. A partir da tropicalização dos cultivos, de diferentes ciclos, foi possível aproveitar os solos brasileiros nas mais variadas condições climáticas.


Sendo assim, fica claro que os manejos e as práticas agrícolas sustentáveis adotados pelos agricultores brasileiros são exemplos de defesa ambiental para o mundo.

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