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Bioestimulantes em soja: como utilizá-los e quais os benefícios para a lavoura

Produtos corroboram para o estabelecimento e equilíbrio funcional das plantas, permitindo que elas sejam capazes de utilizar os insumos aplicados de maneira mais eficiente

A soja é uma das culturas mais importantes do mundo e com grande relevância econômica. Com isso, em um mercado agrícola cada vez mais competitivo e em um ambiente de cultivo muito dependente de fatores não controláveis pelo produtor, como o clima, por exemplo, se faz necessário a busca por alternativas que minimizem esses impactos e maximizem a utilização de insumos, com foco no aumento da produtividade de grãos.


Como ferramenta para isso, surgem os bioestimulantes, que são produtos que corroboram para o estabelecimento e equilíbrio funcional das plantas, permitindo que elas sejam capazes de utilizar os insumos aplicados de maneira mais eficiente, bem como suportar ou reduzir os efeitos de possíveis estresses.


O que são os bioestimulantes?

Os bioestimulantes são produtos que visam estimular os processos naturais que acontecem nas plantas por meio de substâncias e/ou microrganismos, auxiliando o metabolismo da planta a se adaptar às mais diversas situações de estresse, seja ele causado por pragas, doenças ou fatores abióticos. Nesse contexto, existem diversos produtos dentro do grupo de bioestimulantes, entre eles, alguns são compostos a base de hormônios vegetais, microrganismos e extratos de algas marinhas.


  • Hormônios vegetais:
     

Inúmeros fatores podem influenciar no crescimento e desenvolvimento das plantas, dentre eles destacam-se os hormônios vegetais, que são substâncias naturais produzidas pelo próprio indivíduo, responsável por transmitir sinais para a planta, desencadeando os diversos processos fisiológicos e bioquímicos.


 No caso de um estresse, o metabolismo das plantas trava e a cada dia as perdas de produtividade vão se tornando mais significativas. Por isso, nessas condições, a utilização dos hormônios vegetais pode ser um aliado no manejo, através da otimização dos mecanismos de recuperação das plantas. Dessa forma, elas voltam ao adequado funcionamento de seu metabolismo o mais rápido possível, minimizando as perdas causadas pelo estresse vegetal.


  • Microrganismos:

Com o crescimento populacional a nível mundial e o aumento na demanda por alimentos, aliado a um mercado cada vez mais exigente, é latente a busca por alternativas e modelos de produção que agridam cada vez menos o ambiente.

Desta maneira, o uso de bioestimulantes microbianos são vistos como a nova era da agricultura, mas ainda se fazem necessárias pesquisas para otimizar o uso desses microrganismos como alternativa de produção em larga escala, de forma mais eficiente e sustentável.


Os microrganismos são bioinsumos de grande importância para a agricultura, por atuarem na estruturação do solo, ciclagem e solubilização de nutrientes, além de realizarem o controle biológico de pragas e doenças, contribuindo para a redução de aplicações de defensivos agrícolas. Já os microrganismos solubilizadores têm a função de disponibilizar os nutrientes aderidos aos coloides do solo para o aproveitamento das culturas, diminuindo desta forma a necessidade de aplicações de fertilizantes minerais.


Porém, vale lembrar que uma vez estabelecido um estado nutricional de equilíbrio no solo para os cultivos, o exportado via grão ou biomassa deve ser resposto via adubação. Logo, a utilização desses bioinsumos melhora a eficiência da utilização de alguns nutrientes do solo, principalmente aqueles mais fortemente ligados a fração coloidal do solo, como por exemplo o fósforo.


  • Extrato de algas marinhas:

A utilização de produtos à base de algas marinhas na agricultura vem como uma alternativa natural e sustentável de bioestimulantes que auxiliam na biota do solo e na ciclagem de nutrientes. Esses extratos marinhos mostram-se repletos de fitormônios, como as citocininas, auxinas e ácido absísico, além de proteínas, nutrientes, aminoácidos e vitaminas, que promovem o desenvolvimento das plantas. Somado a isso, estes produtos são amplamente utilizados como forma de minimizar os fatores abióticos, como estresse hídrico e altas temperaturas.


Atualmente, o fenômeno La Niña vem trazendo imensuráveis prejuízos para os agricultores, diante desta perspectiva, vemos os extratos de algas marinhas como bioestimulantes capazes de reduzir os impactos causados pelo déficit hídrico, como vivenciado nas últimas safras.


Como utilizar esta ferramenta?

Existem muitos estudos que analisam a melhor forma de utilizar os bioestimulantes, especialmente na cultura da soja. Esses produtos podem ser usados no tratamento de sementes, aplicados no sulco de semeadura ou aplicados via foliar.


  •  Bioestimulantes no tratamento de sementes: a aplicação dos bioestimulantes via tratamento de sementes visa favorecer a germinação e emergência das plântulas, o que consequentemente nos permitirá ter um adequado estande final de plantas, um dos fatores essenciais quando se busca altas produtividades. Além disso, quando aplicado por esta via, espera-se um maior crescimento e desenvolvimento radicular, podendo-se obter um maior aproveitamento da água e nutrientes.

  • Bioestimulantes via sulco de semeadura: método preferencialmente utilizado quando se trabalha com microrganismos, favorecendo a sua sobrevivência, e quando em condições de solo adequada com bons níveis de matéria orgânica, umidade e pH do solo, a aplicação diretamente ao solo intensifica a multiplicação dos microrganismos.

  • Bioestimulantes via foliar: a aplicação via foliar pode ser feita tanto no período vegetativo, quanto reprodutivo, portanto, deve-se analisar quais são os objetivos da aplicação para definir o melhor momento de realizá-la. Esse método pode definir estatura de planta, número de vagens, qualidade de grãos, entre outros inúmeros fatores.


Diante do exposto, conhecendo as inúmeras possibilidades de melhorias nos cultivos agrícolas advindas da utilização de bioestimulantes, salienta-se a necessidade de pesquisas e investimentos em prol da otimização do uso desse valioso recurso para o futuro da agricultura. Quando se trata da utilização principalmente de biológicos, a atenção deve ser dada ao momento da aplicação, ou seja, são aplicações mais cirúrgicas e pontuais com relação ao ambiente, para maximizar sua eficiência. Na dúvida, sempre busque uma consultoria técnica.


Texto escrito po Dyeferson dos Reis Rocha e Márlon Ribeiro Feldens, acadêmicos do curso de Agronomia da UFSM campus Frederico Westphalen, membros do Programa de Educação Tutorial (PET) Ciências Agrárias, sob acompanhamento do tutor professor Dr. Claudir José Basso.


Imagem da capa: reprodução

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