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Produtos microbiologicos e as doenças de solo

Esses microrganismos têm ganhado destaque como tecnologias alternativas e sustentáveis para o manejo de doenças no solo, agindo como agentes de biocontrole duradouros

Os patógenos de solo são diversos e adaptados a múltiplos ambientes. Com a evolução das pesquisas, compreendeu-se que o manejo biológico visando controle de doenças de solo é baseado em entradas frequentes, com os microrganismos corretos, focando em construção de manejo equilibrado e não a erradicação de uma espécie.


Dentre os patógenos de solo (Figura 1), alguns destacam-se ao longo da safra, causando danos em gramíneas e leguminosas de interesse:

  • Em regiões com alta umidade e temperaturas entre 10 ºC e 21°C, o mofo branco (Sclerotinia slerotiorum) destaca-se, atacando mais de 400 espécies com lesões encharcadas que podem levar a morte plântulas, além de formar estruturas de resistência que sobrevivem durante anos nas lavouras.
     
  • Em anos de alta precipitação, inicialmente o tombamento de plântulas (Rhizoctonia spp. e Phytium spp.) pode resultar em redução de estande e, ao logo da safra, danos de Phomopsis sojae, Fusarium spp. e Phytophthora sojae podem resultar em perdas significativas por cancro da haste e vagens, podridão dos vasos condutores e podridão radicular em reboleiras.
     
  • Em anos quentes, com baixa precipitação e solos compactados, destaca-se a Macrophomina phaseolina causando lesões no colo da planta e contaminando radículas.
     
  • Pensando em gramíneas, o mal do pé (Gaeumannomyces graminis var. graminis) é uma doença fúngica, que se desenvolve em temperaturas entre 12 ºC e 20°C com solos mal drenados com excesso de chuva, resultando em morte de plantas em reboleiras.
     

Além disso, vários patógenos causadores de doenças foliares, sobrevivem em restos culturais ao longo da safra resultando no complexo de manchas (Colletotrichum truncatum, Cercospora kikuchii, Spetoria glycines e Corynespora cassicola).



Figura 1 – Principais doenças causadas por patógenos encontrados em solos cultiváveis de soja e trigo.


Apesar de não termos microrganismos benéficos registrados para cada uma dessas doenças, podemos controlá-las indiretamente por técnicas de manejo biológico de doenças, usando o equilíbrio biológico do meio de desenvolvimento (solo) como técnica principal do manejo integrado de doenças (MID). Dentre os microrganismos benéficos disponíveis para uso comercial hoje, destacam-se as bactérias do gênero Bacillus e os fungos do gênero Trichoderma (Figura 2).


Figura 2 –Imagens de microscopia de Bacillus e Trichoderma. (Imagem: AgroInovadores).



Os fungos do gênero Trichoderma são fungos filamentosos, com elevada capacidade de colonizar a rizosfera das plantas, isolados em climas temperados e solos ácidos, em alguns casos, capazes de produzir estruturas de resistência e sobreviver em situações extremas. Dentre as espécies disponíveis em produtos comerciais visando biocontrole, destacam-se: Trichoderma harzianum, Trichoderma asperellum, Trichoderma afroharzianum.


Para se alimentar, as hifas fúngicas liberam enzimas extracelulares, que degradam o material orgânico. As espécies altamente eficientes nas ações de controle biológico produzem em quantidade e qualidade genes que codificam enzimas de quebra de compostos orgânicos (glucanases, quitinases e proteases). Essas enzimas, junto com os metabolitos secundários, definem a atividade antibiótica característica dos fungos do gênero Thichoderma. Além disso, existe a competição por espaço com microrganismos causadores de doença, indução de resistência via ativação de genes, além da promoção de crescimento mediada por fitohormônios.

 

Já as bactérias do gênero Bacillus são versáteis e encontradas em todas as regiões do mundo, podendo colonizar o solo, parte aérea, raízes e grãos de plantas, insetos, plantas invasoras, dentre outros lugares. Dentro dessa versatilidade, destaca-se o controle de doenças em plantas, em parte aérea e raiz, e de pragas, em especial coleópteros, lepidópteros e dípteros.Quando exploramos as bactérias do gênero relacionadas ao controle de doenças de solo, destacam-se as espécies: Bacillus amyloliquefaciens, Bacillus licheniformis, Bacillus pumilus, Bacillus subtilis e Bacillus velezensis, Bacillus aryabhattai, Bacillus circulans e Bacillus haynesii.

 

Esses Bacillus produzem enzimas e compostos fenólicos que danificam microrganismos danosos, antibióticos e antioxidantes que atuam tanto no metabolismo vegetal quanto no metabolismo do microrganismo danosos, exopolissacarideos que atuam como barreira física nas raízes, além depromoverem crescimento e ocuparem sítios de entrada na planta que seriam utilizados por microrganismos causadores de doença. Todos esses processos preferencialmente acontecem nas raízes, mas podem ocorrer em parte aérea e estruturas reprodutivas.


Buscando mensurar a eficiência da ação desses microrganismos nas doenças de plantas temos avaliado a eficiência do uso um bioinsumo a base de Bacillus em comparação com moléculas químicas usualmente posicionadas visando o manejo de mofo branco (Scletorinia sclerotiorum), visando identificar como o uso do produto biológico no desenvolvimento da cultura da soja se comporta em relação aos químicos.


Esses microrganismos têm ganhado destaque como tecnologias alternativas e sustentáveis para o manejo de doenças no solo, agindo como agentes de biocontrole duradouros, promovendo o desenvolvimento e sanidade das plantas de interesse na safra de aplicação e nas safras posteriores, garantindo um manejo biológico eficiente do solo.

 

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